Esses dias li em algum lugar que pessoas são como árvores, mas isso me incomodou. Certa vez Eça de Queiroz disse que "a vida é essencialmente vontade e movimento". Não quero ser árvore, mas preciso ser, e até confesso que sou. Preciso de minhas raízes, preciso saber onde eu começo para entender onde termino. Preciso me firmar, nem que por pouco tempo: ter meu ancoradouro. Me anima mais a idéia de ser catavento, que a cada giro mostra uma cor diferente, mas é preciso cautela, saber que até para ser catavento é necessário se estar submetido a alguma coisa, afinal, é estar inteiramente a mercê da pretensão do vento. Pra falar a verdade quero mesmo é ser metade árvore, metade vento. Vento para jamais parar de soprar, e árvore para sempre ter onde sossegar.
- Pensava ela debaixo de uma árvore, enquanto o vento soprava acelerado o enfado de uma manhã de segunda-feira.
Gostei do texto.
ResponderExcluirÓtima semana para você!
Um abraçooo!